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A ERT INOVA E O PLANETA AGRADECE

Tal como com a chegada à Lua, a ERT apresentou esta quinta-feira alguns protótipos de novos compósitos que sendo apenas um passo em frente na sua estratégia de inovação podem representar um salto de gigante para a indústria. É a partir de resíduos EVA que propõe novas soluções para o automóvel, a arquitectura e construção, ou defesa e protecção.

Um processo de upcycling que está a ser desenvolvido com o Fibrenamics, da Universidade do Minho, no âmbito do projecto GradiERT e parte da reutilização de resíduos e desperdícios de EVA resultantes do fabrico de materiais para as indústrias do calçado e automóvel. E o planeta agradece, já que permite substituir estrutura até agora fabricadas com base em plásticos químicos.

“EVA é o nome dado a produtos à base de Etil Vinil Acetato, de que resultam produtos como as solas dos sapatos. São as aparas de corte do fabrico dessas peças, que normalmente teriam como destino a queima ou depósito em aterro”, explica o Diretor de Inovação e Marketing da ERT, Fernando Merino (foto).

Na sessão de apresentação dos resultados do projecto, esta quinta-feira, dia 5 de Dezembro, na Oliva Creative Factory, em São João da Madeira, foram já mostrados protótipos de um apoio de braço para o interior de automóveis, almofada de enchimento para capacetes de protecção, e peças compósitas para revestimento de interiores.

“Este é um processo que não está, obviamente, fechado. Na indústria automóvel trabalha-se com processos de validação constante, vamos agora propor estas novas soluções e esperar pela aceitação dos construtores. Falta fazer testes com o caderno de encargos dos construtores de automóveis”, explica Merino. Para já, a garantia de que os novos compósitos garantem comportamento e caraterísticas idênticas às peças em plástico que agora equipam os automóveis.

Também para os ‘padding’, como em termos industriais é designado o enchimento para capacetes, foi apresentado idêntico material upcycling. É utilizado para absorver impactos, sejam de balas como na área da Defesa, de quedas ou impactos de objectos, nos casos de motociclistas ou bombeiros e os resultados comprovam igualmente a sua eficácia.

Já no novo material compósito para arquitectura e construção, trata-se de um novo tipo de revestimento que, no caso apresentado, usa um tecido de fibras naturais que é aplicado por termocolagem. É o EVA que faz a colagem às estruturas (como paredes).

A par de Fernando Merino, a apresentação da Oliva Creative Factory contou com o CEO do Grupo ERT, João Brandão, Raul Fangueiro, Coordenador da Fibrenamics, João Bessa, Coordenador do projeto GradiERT na Fibrenamics, e ainda o Presidente da Câmara de São João da Madeira, Jorge Vultos Sequeira.

Operando a partir de São João da madeira, o grupo ERT é uma multinacional portuguesa focada nos têxteis técnicos que emprega 1.100 pessoas, tem o seu centro de gravidade em S. João da Madeira e fechou 2018 com um volume de negócios global de 120 milhões de euros. O grupo, que nasceu há duas décadas e é uma referência no fornecimento para o setor automóvel e além de São João da Madeira tem fábricas na República Checa, Roménia, Espanha, Marrocos e México.

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Fonte: Jornal T

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