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Aviões de passageiros elétricos chegam “entre 15 a 20 anos”

CEO da KLM apela à indústria aeronáutica para que coopere para ser sustentável. Quando os carros elétricos surgiram também ninguém acreditava, lembra.

Em Amesterdão, apagam-se as velas aos primeiros 100 anos da KLM e fazem-se planos para que os próximos 100 sejam mais ‘verdes’. A companhia aérea holandesa já recicla todo o plástico que é utilizado a bordo dos seus aviões e está a apoiar o desenvolvimento de um avião mais amigo do ambiente. “O caminho é longo”, reconhece Pieter Elbers, CEO da KLM, que apela a toda a indústria para que se una.

“Tal como na segurança, este é um tema em que não devemos competir. É algo em que devemos trabalhar em conjunto e alinhados com outras companhias para partilhar o conhecimento e as melhores práticas para que possamos avançar”, afirmou o responsável, num encontro com jornalistas de todo o mundo.

Elbers acredita que “tecnicamente [o plano da easyJet de fazer ligações europeias de forma elétrica nos próximos anos] não é possível” e admite que “talvez com dois passageiros a bordo seja, mas a questão é: vale o investimento naquela bateria? As emissões e o custo da sua produção?”

Apontando para um universo “15 a 20 anos”, o responsável destaca que há ações concretas a dar frutos, como o plano de compensação de emissões que permitiu à companhia “reduzir o total de emissões de CO2 mesmo aumentando as operações” – foram plantadas 339 mil árvores -, ou o mecenato da KLM ao desenvolvimento do Flying-V, um avião em forma de V, com capacidade para 270 a 314 pessoas, que está a ser criado pela Universidade de Delft, e que apenas graças ao formato permite consumos de combustível mais baixos.

“Nos últimos anos, a KLM afirmou-se pioneira na área da sustentabilidade no setor aéreo. O desenvolvimento da aviação deu muito ao mundo e tivemos a oportunidade de conectar pessoas. Queremos manter esse protagonismo, mas acima de tudo, fazer parte dele”, disse o presidente da KLM, lembrando que os clientes são hoje outros e as exigências também.

Recentemente, a companhia aérea já tinha lançado uma campanha que pede aos passageiros para pensarem duas vezes antes de comprarem um bilhete de avião (Fly Responsably) e os convida a utilizar o comboio para fazer a ligação entre o aeroporto de Amesterdão e Bruxelas. A viagem de 93 minutos começa a ser vendida em março de 2020 e, com ela, a KLM reduz em uma o número de ligações entre as duas capitais.

A Koninklijke Luchtvaart Maatschappij foi fundada a 7 de outubro de 1919. Mundialmente conhecida apenas pela sigla, a KLM, companhia real de aviação em português, transportou no ano passado 34 milhões de passageiros a bordo dos seus 170 aviões.

Números verdes:
A KLM tem em curso um plano de ação para a redução de emissões de CO2, que tem como objetivo reduzir o CO₂ emitido por passageiro em 20% até 2020 (em comparação com os níveis de 2011). Até final de 2018, conseguiram 17%.

* Em Amesterdão, a convite da KLM

Fonte: Dinheiro Vivo

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