BMW e Great Wall construirão fábrica de carros elétricos na China

A BMW e a Great Wall Motors, sua parceira, anunciaram que têm como plano construir uma fábrica de carros elétricos na China. De acordo com a agência de notícias Reuters, as instalações terão capacidade de produção de 160 mil carros por ano e irão fabricar veículos das duas companhias.

A fábrica deve custar 650 milhões de euros e estima-se que fique pronta em 2022, segundo informou a própria BMW, em comunicado. Nela, serão produzidos automóveis da Great Wall e os modelos Mini, da BMW. O empreendimento conjunto, chamado Spotlight Automotive, empregará três mil pessoas e ficará sediado em Zhangjiagang, perto de Xangai.

A Great Wall é a maior fabricante de utilitários desportivos e picapes da China. No início deste mês, a companhia obteve aprovação regulatória doméstica para a construção da nova planta. A empresa também constrói carros para a Ora, uma marca acessível de veículos a bateria em Baoding, cidade onde fica a sede da Great Wall. O chefe de desenvolvimento da BMW, Klaus Froehlich, afirma que a Great Wall é um bom parceiro local por causa de sua experiência em eletromobilidade e industrialização no mercado chinês.

Fábricas e fornecedoras estão a lutar para atender a novas e difíceis cotas chinesas para veículos menos poluentes. Essas regras exigem que os veículos elétricos respondam por um quinto do total de vendas até 2025.

Assim como a BMW, a Volkswagen está a preparar duas novas fábricas chinesas para a construção de carros elétricos no próximo ano, que terão uma capacidade combinada de 600 mil veículos. A Tesla, por sua vez, conta mais de 500 mil carros por ano, com a construção de uma nova fábrica em Xangai.

Neste mês, a BMW começará a produção do primeiro Mini movido a bateria na sua fábrica em Oxford, na Inglaterra. As vendas estão previstas para o primeiro semestre de 2020. A empresa, no entanto, não disse quais os modelos que serão fabricados na China. A companhia também produzirá o BMW iX3, totalmente eléctrico, na sua fábrica em Shenyang, no país asiático, a partir do próximo ano.

Fonte: Olhar Digital