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Fiat Panda e 500 poderão estar em risco de desaparecer

São cada vez em maior número os fabricantes automóveis que deixam de estar presentes no segmento A, dos citadinos. A Fiat, a preparar a sua fusão com o Grupo PSA, poderá ser uma das próximas a deixar esse mercado e, com ele, o Panda e o 500 poderão ter os seus dias contados.

O segmento dos citadinos, vulgarmente associado com a letra ‘A’, tem vindo a ser preterido por algumas marcas, que não conseguem obter um caso rentável para manter os seus modelos num mercado que é tendencialmente de baixo custo e também obrigado a efetuar uma política de descontos agressiva.

Além disso, com a nova norma anti-emissões prestes a entrar em vigor em 2020 na União Europeia – que impõe um limite de 95 g/km de CO2 sob pena de pesadas multas por cada veículo vendido – os custos de desenvolvimento para as cumprir tornam-se mais elevados, logo, pouco propícios para a manutenção dos seus modelos mais pequenos.

Neste cenário, prestes a fundir-se com o Grupo PSA, a Fiat poderá deixar cair os seus dois modelos citadinos, o Panda e o 500, mesmo que ambos sejam bem-sucedidos em mercados como os do Sul da Europa e, num caso óbvio, em Itália. Em artigo publicado no site Automotive News Europe, é revelado o plano da FCA de redirecionar os seus clientes de segmento A para o B, do qual a Fiat abdicou ao não dar continuidade ao Punto.

Aposta no segmento B

Ao mesmo tempo, pretende manter os seus atuais clientes nesse segmento, o que poderá querer indicar o regresso da Fiat ao mercado do Punto, podendo vir a tirar partido da nova plataforma CMP do Grupo PSA e que já serve de base aos novos DS3 Crossback, Opel Corsa e Peugeot 208, todos eles com versão elétrica, precisamente um dos desafios que também a FCA terá pela frente.

Recorde-se, ainda, que a marca de Turim tinha já apresentado um plano que determinava para o sucessor do 500 uma motorização unicamente elétrica, rejeitando os motores de combustão interna para o eventual sucessor. Essa poderá ser também uma das formas de manter o 500 ‘vivo’, tratando-se de modelo de grande sucesso na Europa praticamente desde o momento do seu lançamento, em 2007. Aliás, esse será um dos problemas do atual 500, que carece de uma verdadeira atualização geracional, enquanto o Panda atual foi lançado em 2012.

Outra das possibilidades poderá passar pela unificação dos dois modelos num único, seja pela criação de um 500 ligeiramente maior e mais funcional, seja pelo surgimento do tal 500 elétrico que serviria de acesso à marca, secundado logo por um modelo de segmento B, para concorrer com Renault Clio, Peugeot 208 e Opel Corsa, entre muitos outros.

Note-se, ainda, que nos últimos anos, marcas como a Ford e Opel tenham já deixado este segmento, enquanto a Citroën avançou igualmente que não estará a pensar no substituto para o C1. Por outro lado, a Hyundai terá um novo i10, a Kia um novo Picanto e a Toyota também esteja a considerar seriamente a continuidade do Aygo, embora possivelmente já não nos moldes de esforço conjunto que vigorou até agora com a PSA.

Fonte: Motor 24

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