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Primeiro híbrido da Renault comemora 25 anos

Renault Next foi o primeiro passo para uma mobilidade sustentável da marca francesa

Há 25 anos, veículos com motorizações a gasolina e a diesel conviviam harmoniosamente num planeta pouco atento às necessidades de uma mobilidade sustentável.

A mobilidade elétrica estava longe de entrar no léxico da indústria automóvel e, por isso, o mundo reagiu com alguma surpresa quando, a 18 de junho de 1995, a Renault apresentou o Next, antecipando a tendência automóvel híbrida.

O Concept Car foi imediatamente visto como um automóvel revolucionário, dotado de um design arrojado assinado pelo conhecido designer Horacio Pagani (especialista em superdesportivos que projetou o famoso Pagani Zonda), o compacto de quatro portas do segmento C – sensivelmente do tamanho do atual Mégane – apresentava uma carroçaria leve, desenvolvida em estreita colaboração com a empresa aeronáutica francesa Aérospatiale.

A principal atração deste Next, cujo projeto foi desenvolvido em 365 dias, prendia-se, definitivamente, com o inovador sistema de propulsão híbrida, que, genericamente, combinava um motor térmico, na dianteira, com dois motores elétricos, instalados na secção traseira, todos controlados por uma única unidade de controlo eletrónico computorizada.

Enquanto o motor convencional se baseava numa unidade de três cilindros de 750 cm3 (0,75 litros) de 47 cv de potência, acoplada a uma caixa robotizada de cinco velocidades, os motores elétricos apresentavam uma energia de 16 kW (21 cv), estando integrados nas rodas traseiras.

Na prática, um sistema de computador inteligente regulava a entrega do fluxo de energia, alternando essa distribuição entre o motor de combustão e os dois motores elétricos, de acordo com as circunstâncias, e fazendo a combinação dos três motores, no caso de acelerações fortes, que passavam, nesse caso, a distribuir a potência pelos dois eixos.

Com este modo de funcionamento, o Next apresentava reduzidos consumos, tirando partido do facto de até aos 40 km/h usar apenas energia elétrica, antes da entrada em funcionamento do motor térmico que, servia igualmente para recarregar as baterias.

Em matéria de autonomia, o Next era capaz de realizar cerca de 20 km em modo totalmente elétrico. Já a velocidade máxima anunciada era de 165 km/h, 140 km/h em modo térmico.

Para além do seu inovador modo de funcionamento, o veículo concentrava igualmente algumas particularidades interessantes, como o facto do motor de combustão térmica poder estar ligado diretamente à embraiagem, dispensando a ignição, ou o facto dos sistemas ABS (sistema anti-bloqueio de rodas na travagem) e ESP (sistema de controlo de estabilidade) serem controlados a partir dos motores instalados nas rodas traseiras.

Já no interior, o Next apresentava um ambiente minimalista e o piso totalmente plano acomodava uma configuração de espaço menos tradicional: três lugares à frente e dois atrás.

Os bancos traseiros rebatíveis e piso plano da bagageira, onde se alojavam as baterias elétricas, permitia ganhar versatilidade extra.

Com o Next, a Renault antecipou a tecnologia dos veículos híbridos e a caminha da marca francesa, que tem nos novos Renault Clio E-Tech Hybrid e Mégane e Captur E-Tech Hybrid Plug-In, os mais recentes modelos da tecnologia de motores híbridos.

Fonte: Auto Portal

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