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Rui Baptista (Autoeuropa): JUL beneficiará «toda a cadeia logística que já está implementada»

O ‘Mar e a Logística’ estiveram em debate no passado dia 13 de Fevereiro e a Revista Cargo não faltou à discussão. No Instituto Politécnico de Setúbal, integrado nas sessões de antecipação do Congresso ERTICO-ITS 2020, um evento de cariz europeu que pretende abordar a importância dos Sistemas de Transporte Inteligentes (ITS) nas cidades e regiões, o debate contou com as participações de Rui BaptistaLogistics Business Manager da Autoeuropa, Pedro Ponte, Director de Concessões da APSS, e Cláudio Pinto, do departamento de Gestão de Sistemas de Informação da APS.

«Planear Logística» da Autoeuropa seria «impossível» sem plataformas digitais

O painel debruçou-se sobre a importância dos sistemas inteligentes e plataformas digitais de gestão de informação no contexto logístico moderno. «Seria impossível planear Logística e estabelecer cadeias de fornecimento sem recurso às plataformas digitais. Nós gostamos de dizer que estamos no centro do mundo, mas, no contexto europeu, estamos na cauda da Europa. Estamos a 3500 quilómetros dos nossos principais fornecedores. Sem uma plataforma digital que nos acompanhe, no dia-a-dia, no fornecimento de mais de 10 mil referências diferentes de peças que nós contamos para montar veículos, seria impossível», comentou Rui Baptista, elogiando as potencialidades da JUL.

«Sistemas como a JUP e JUL são plataformas que apenas podem vir beneficiar toda a cadeia logística que já está implementada. Nós próprios, seja no transporte ferroviário, rodoviário, fretes aéreos e inclusive o marítimo, trabalhamos com as nossas próprias plataformas digitais, integradas nas plataformas que existem em cada um dos países através de interfaces que fazem a leitura dos dois sistemas e a consequente comunicação dos dados», declarou, lembrando que 30% da importação de componentes» por banda da Autoeuropa «é feita por via marítima. «Trabalhamos com alguns armadores que, vindos do Mar do Norte, fazem escala no Porto de Leixões, e, depois, de Leixões para a Volkswagen Autoeuropa vêm, maioritariamente, por rodovia», acrescentou o Logistics Business Manager da Autoeuropa.

Coletes amarelos foram desafio que obrigou a reconfigurações logísticas

«Durante o ano de 2018 tivemos alguns desafios com os coletes amarelos em França – chegaram a bloquear todas as entradas do país e auto-estradas principais. Procurámos sempre soluções e encontrámos uma que implementámos em Setembro do ano passado: os fornecedores produzem as suas peças; depois, há um transitário que reúne as peças num centro de consolidação; há um transportador que vai buscar essas peças, fazendo o trajecto pelos países de Leste e Itália por rodovia, chegando depois carga ao Porto de Savona, posteriormente fazendo-se um ro-ro rumo ao Porto de Barcelona. Daí para Portugal poderia a carga poderia ser eventualmente transportada por comboio, mas, neste momento, a solução que temos passa pela rodovia. Esta solução permitiu-nos ter alguma segurança caso exista algum distúrbio com os coletes amarelos em França, e reduzir as emissões de CO2 (uma preocupação constante que temos na Autoeuropa)», detalhou o responsável.

Aliar a eficiência de procedimentos à veia ecológica é, cada vez mais, um imperativo contemporâneo – tal não é diferente na Autoeuropa, explicou o responsável. «Cada vez mais procuramos transportes que sejam sustentáveis e que tenham também uma grande ligação às plataformas digitais de modo a que não existam tempos de espera em toda a cadeia logística. Trata-se de um jogo em que todos temos de estar interligados e sempre atentos às mais-valias dos processos logísticos», rematou Rui Baptista.

Fonte: Revista Cargo

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