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Seat: de Barcelona a Tel Aviv em busca de inovação

A Seat tem muito orgulho na sua origem, ligada à cidade espanhola de Barcelona. Porém, para estar na crista da onda em inovação, rumou a Tel Aviv em busca de soluções inovadoras. E encontrou.

Em Tel Aviv há mais de 6600 criativas startups, 800 das quais a desenvolver soluções específicas para a indústria automóvel. Os fabricantes de automóveis procuram sistematicamente respostas para os problemas que já têm, bem como para os outros que sabem que vêm aí. Daí que auscultem constantemente o mercado, em busca de empresas pequenas e ágeis, com grande capacidade de inovação que, por vezes, nem os gigantes da indústria como a Bosch e a Continental conseguem acompanhar. É esta a justificação que Stefan Ilijevic, responsável pela inovação de produto na Seat, avança para explicar a incursão da marca espanhola por empresas israelitas, juntamente com a Xplora.

São vários os objectivos que o construtor espanhol tem entre mãos, para facilitar a tarefa dos condutores e tornar os seus veículos mais seguros e fáceis de utilizar. O destaque vai para os sistemas que recorrem à inteligência artificial, para “ler” os olhos de quem vai ao volante. A finalidade é confirmar que o condutor mantém os olhos na estrada e evita distracções, a começar pelo telemóvel, ou ser vítima de sonolência.

O Computer Vision AI tem uma câmara apontada ao condutor que determina o grau de abertura dos olhos, a direcção, o ângulo de visão e a inclinação da cabeça. Um algoritmo analisa todos os dados e decide se o condutor está distraído, sonolento, se fala ao telemóvel ou se olha para ele e até se tem o cinto de segurança posto. De acordo com a Comissão Europeia, 36% das colisões são devidas em grande parte às distracções ou ao cansaço, daí que a Seat tenha feito uma associação com a Eyesight Technologies para alertar quem vai ao volante.

Outros dos objectivos dos técnicos da Seat é evitar que o sol que atravessa os vidros encandeie o condutor, prejudicando-lhe a visão. Aqui o parceiro da Seat é a Gauzy, especialista em nanotecnologia, que criou uma película que se adapta ao pára-brisas, vidros laterais e tejadilho em vidro para controlar a quantidade de luz que os atravessa. O revestimento é sensível à corrente eléctrica aplicada no vidro, que assim pode ficar instantaneamente mais escuro ou claro, dependendo da situação. À semelhança de muitas outras grandes empresas, a Gauzy deu os primeiros passos na cozinha de um dos seus fundadores e hoje conta com mais de 100 técnicos, todos eles altamente qualificados, a maioria engenheiros mecânicos e químicos, com escritórios em Israel e na Europa.

Nos últimos dois anos, a Seat trabalhou com mais de 200 empresas emergentes de Israel, através do Xplora, com a finalidade de construir pontes entre o construtor espanhol do Grupo Volkswagen e as inovadoras startups. As áreas preferenciais são segurança, cibersegurança, sustentabilidade e inteligência artificial, de forma a moldar o futuro do automóvel.

Fonte: Observador

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