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Setor automóvel exige linha de crédito própria e alterações ao lay-off

Indústria, comércio e reparação automóvel juntaram-se para exigir mais medidas ao Governo. Defendem ainda regresso dos incentivos ao abate.

O setor automóvel aprova as medidas anunciadas pelo Governo esta quarta-feira mas exige mais instrumentos para diminuir os impactos do novo coronavírus (Covid-19). Linha de crédito própria, alterações ao lay-off, a marcação imediata de férias e ainda o regresso do incentivo ao abate de veículos são as propostas que constam do comunicado conjunto das associações do comércio (ACAP e ANECRA), reparação (ARAN) e da indústria automóvel (AFIA) publicado esta quarta-feira.

“As associações signatárias solicitam ao Governo que sejam tomadas medidas urgentes que passam, entre outras, pela criação de uma linha de crédito específica para as empresas deste sector (o que não foi considerado, surpreendentemente, na apresentação das medidas económicas do Governo);pela alteração do regime de lay-off, de modo a permitir o acesso imediato a este regime para as empresas que tenham tido uma quebra de faturação superior a 40% nos últimos trinta dias, ou comparativamente com a do mês homólogo do ano anterior e deveria, ainda, resultar claro deste regime a possibilidade de lay-off parcial e, ainda, pela alteração do regime de férias de modo a permitir, desde já, a sua marcação”, refere o documento.

As associações também defendem, à semelhança do que aconteceu depois da crise de 2009, a implementação de um plano de incentivo ao abate de veículos em fim de vida, “com o objetivo de renovar o parque automóvel e permitir às empresas uma saída gradual da crise”. Paragem das fábricas em março e abril pode tirar até 20% à produção automóvel.

A confirmar-se a declaração do estado de emergência, as associações pretendem também que a “atividade de prestação de serviços através de veículos de pronto-socorro e o sector de assistência e reparação automóvel sejam considerados sectores essenciais, dado que são imprescindíveis para a manutenção da segurança dos cidadãos”.

O sector automóvel em Portugal representa 19% do PIB, 25% das exportações de bens transacionáveis e emprega, diretamente, cerca de duzentas mil pessoas.

Fonte: Dinheiro Vivo

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