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Trabalhadores denunciam 500 despedimentos no Parque Industrial da Autoeuropa

A comissão de trabalhadores da Autoeuropa pede o apoio do Governo.

Pelo menos 500 trabalhadores foram despedidos nos últimos dias na Autoeuropa, em Palmela. A denúncia foi feita à TSF pelo coordenador das comissões de trabalhadores do Parque Industrial da fabricante de automóveis.

“Neste momento, temos uma grande preocupação porque não há nenhuma proteção para os trabalhadores precários. Foi a primeira coisa que as empresas começaram a fazer. Já contabilizamos mais de 500 trabalhadores”, disse Daniel Bernardino, pedindo apoio ao Governo. “Os trabalhadores em regime de trabalho temporário também são trabalhadores como os outros todos.”

Em comunicado, a Coordenador da Comissão de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa também denuncia o “despedimento generalizado de trabalhadores com contrato temporário” e a “aplicação de ‘lay-off’ em várias empresas”, desde o passado dia 16 de março, e considera que as medidas anunciadas pelo Governo nos últimos dias não só não protegem os trabalhadores precários, como também penalizam mais os trabalhadores do que as empresas.

“As medidas tomadas pelo Governo, a aplicação de ‘lay-off’ simplificado, penaliza mais trabalhadores e Segurança Social”, sublinha o comunicado, salientando que está prevista uma “isenção de impostos às empresas (TSU – Taxa Social Única)”, mas não para os trabalhadores (IRS – Imposto sobre Rendimento de Singulares), o que, na opinião da coordenadora, terá como consequência uma descapitalização da Segurança Social.

“Os trabalhadores são mais penalizados, pois mesmo recebendo 2/3 do ordenado, continuam a pagar os seus impostos, o que origina uma dupla penalização e respetiva perda acentuada de rendimento. Não é aceitável que a maior fatia do esforço financeiro recaia mais uma vez nos trabalhadores”, acrescenta o comunicado.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 905 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 46 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 176.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes e 8.251 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 726 estão internados, 230 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

Fonte: TSF

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