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Volkswagen aposta nos biocombustíveis sintéticos

A VW, o construtor tradicional que mais aposta nos eléctricos, defende que os motores a combustíveis fósseis vão existir durante muito tempo. Daí que os queira alterar para combustíveis sintéticos.

De acordo com a Comissão Europeia, os motores a combustão – sejam eles a gasolina ou a gasóleo – vão continuar a servir-nos durante muitos anos. Basta ver que, mesmo em 2030, o objectivo é ter 30% de automóveis eléctricos, com os restantes 70% a recorrerem a mecânicas que queimam combustíveis fósseis, pelo menos no motor principal, que depois na maioria dos casos beneficiará da ajuda de um motor mais pequeno eléctrico, solução típica dos híbridos plug-in (PHEV).

Talvez por isso, o director técnico da Volkswagen, Matthias Rabe, defende que a adopção de combustíveis sintéticos, produzidos a partir de biomassa e outros materiais, irá permitir que esses motores a combustão do futuro se tornem muito menos poluentes. Curiosamente, esta reivindicação chega-nos do fabricante tradicional que mais investe nos veículos eléctricos.

Os combustíveis sintéticos fabricados a partir de biomassa, ou seja, restos de culturas, de resíduos florestais e lixo, permite reduzir consideravelmente (se analisada a totalidade do ciclo) a quantidade de CO2 emitido para a atmosfera por um motor de combustão, especialmente quando comparado com um motor convencional que queime o mesmo combustível derivado do petróleo.

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Dentro do Grupo Volkswagen, são a VW e a Bentley que estão a liderar este processo, uma vez que a Audi está a colaborar no desenvolvimento de combustíveis sintéticos criados a partir de carbono capturado na atmosfera, o que os torna neutros em carbono e, logo, não poluentes em matéria de CO2.

Mas Rabe vai mais longe na defesa dos combustíveis sintéticos a biomassa, recordando que a indústria aeronáutica está sedenta de soluções que permitam produzir combustíveis que tornem os seus aviões comerciais menos poluentes. E neste caso é pouco provável – ou nada provável – que estes motores possam vir a ser substituídos por motores eléctricos alimentados por bateria. Aos aviões podemos juntar os navios e até os camiões, estes pelo menos para já, pois as células de combustível a hidrogénio podem igualmente assumir-se como uma solução.

Fonte: Observador

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