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Volkswagen arranca com fábrica de células de bateria

A VW é o grupo europeu que está a encarar a aventura eléctrica com maior empenho, bem como com o investimento mais volumoso. A sua primeira fábrica de células de bateria foi inaugurada em Salzgitter.

A Volkswagen pode não ser a primeira marca a possuir a sua própria fábrica de células de baterias, fundamental para se controlar a tecnologia mais importante num veículo eléctrico, mas é sem dúvida o construtor que mais fortemente tem investido para alcançar o sucesso na aventura eléctrica. Além da Tesla (a Nissan conseguiu finalmente livrar-se da ASEC, fábrica que detinha a meias com a NEC), a marca alemã passa a integrar o restrito grupo de fabricantes de automóveis que também o são de acumuladores, não só ao nível do pack, mas igualmente das células, onde as soluções técnicas mais avançadas podem fazer a diferença.

A Volkswagen anunciou agora a inauguração na sua primeira fábrica de baterias (células), em Salzgitter, onde vão trabalhar cerca de 300 técnicos. Além da capacidade de produção, reduzida por estar mais virada para a investigação e desenvolvimento, as novas instalações representam um investimento de 100 milhões de euros.

A fábrica-piloto vai permitir ao fabricante germânico testar novas soluções, diferentes métodos e outras tecnologias, para estar ao nível dos melhores no que respeita à capacidade de armazenamento, densidade energética e custos.

Próximo da actual fábrica vai iniciar-se, durante o próximo ano, a construção de uma nova unidade fabril, esta em parceria a 50% com os suecos da Northvolt para conseguir uma capacidade de produção de 16 GWh por ano. A nova fábrica deverá estar funcionar em 2023/2024, prevendo-se que venha a empregar cerca de 700 funcionários.

Além das duas fábricas de células da marca, Salzgitter vai ainda receber um centro de reciclagem, onde a Volkswagen vai testar todas as formas de recuperar os materiais nobres (e dispendiosos) que são utilizados para produzir um acumulador de iões de lítio. E vai fazê-lo por dois motivos. Primeiro, porque é bom para o ambiente e, em breve, vão surgir normas para evitar a poluição resultante do abandono de baterias. Segundo, porque a reciclagem é a forma mais barata de conseguir o acesso ao níquel, cobalto, cobre, manganês e todos os outros materiais que são utilizados nas baterias modernas. E só este motivo é mais que suficiente para se investir na reciclagem. Paralelamente, algumas destas baterias usadas podem ser utilizadas como second life, para comercializar como acumuladores estacionários, para residências, escritórios e estabelecimentos comerciais.

Fonte: Observador

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