Notícias

Na cidade do futuro da Toyota só há carros autónomos e máxima sustentabilidade

A Feira de Eletrónica de Las Vegas (CES) é cada vez mais um certame ao qual as marcas automóveis dedicam a sua atenção, nalguns casos até em detrimento dos salões tradicionais. Na edição deste ano um dos anúncios mais surpreendentes, além do carro da Sony, foi o da construção de uma grande cidade futurista por parte da Toyota.

Conhecida por ter muitas outras atividades que vão além da indústria automóvel, a gigante japonesa aproveitou a sua presença no CES para dar a conhecer os seus planos de construção de uma cidade gigantesca com 70 hectares junto ao Monte Fuji no Japão, assente nas ideias de sustentabilidade e integração tecnológica.

Toyota Woven City (8)

Toyota Woven City (4)

Toyota Woven City (1)

Toyota Woven City (2)

Toyota Woven City (3)

Toyota Woven City (5)

Toyota Woven City (6)

Toyota Woven City (7)

Toyota Woven City (8)

Toyota Woven City (4)

Denominada Woven City, esta cidade é entendida pela Toyota como um ‘laboratório vivo’ para ensaiar novas soluções num ecossistema totalmente conectado naquela que chama de sociedade do hidrogénio. A cidade será habitada por residentes e engenheiros que poderão dessa forma testar ‘in loco’ novas tecnologias, como veículos autónomos, robótica, mobilidade pessoal, casas ‘inteligentes’ e inteligência artificial em grande escala.

“Construir uma cidade completa a partir do nada, mesmo numa escala pequena como esta, é uma oportunidade única para desenvolver tecnologias para o futuro, incluindo um sistema digital operativo para as infraestruturas da cidade”, referiu o Presidente e CEO da Toyota, Akio Toyoda, no lançamento da ideia “Com pessoas, edifícios e veículos todos conectados e a comunicarem entre si através de dados e sensores, poderemos testar a inteligência artificial conectada… nos campos do virtual e do físico, maximizando o seu potencial”, acrescentou.

O desenho desta cidade futurista estará a cargo do arquiteto dinamarquês, Bjarke Ingels, CEO da Bjarke Ingels Group (BIG), companhia que já tem no seu currículo estruturas como o 2 Wold Trade Center, em Nova Iorque, a Lego House, na Dinamarca, e o Google Mountain View, na Califórnia. Ingels explica que “um contingente de diferentes tecnologias está a começar a mudar radicalmente a forma como habitamos e navegamos nas cidades. A conectividade, autonomização e soluções de mobilidade partilhada de emissões zero estão prestes a libertar um mundo de oportunidades para novas formas de vida urbana”.

Cidade multifacetada

O próprio conceito da cidade será diferenciado entre os seus princípios orientadores. No caso dos veículos, por exemplo, o plano traçado para a cidade antecipa um design de ruas de três tipos: um de ruas exclusivamente para veículos mais velozes, outra para um misto de velocidades baixas, mobilidade individual e peões e, a última, para passeios ao estilo de parque apenas para peões. A marca nipónica explica que “estes três tipos de ruas combinam-se para formar uma rede orgânica que ajuda a acelerar os testes de autonomia”.

Por outro lado, numa tónica de ecologia maximizada, a cidade será totalmente sustentável, com edifícios concebidos maioritariamente em madeira para minimizar a pegada de carbono, recorrendo a materiais de origem japonesa combinada com a produção robótica. Já os terraços dos edifícios estarão cobertos com painéis fotovoltaicos para gerar energia solar em adição à energia gerada pela pilha de combustível a hidrogénio.

Já as habitações terão o derradeiro equipamento em tecnologia de assistência, assumindo uma forte componente robótica para ajudar no quotidiano. As casas terão sensores com inteligência artificial para avaliar a saúde dos habitantes e melhorar a sua segurança física e emocional.

Para se movimentarem pela cidade, apenas serão utilizados veículos autónomos de zero emissões, com modelos de transportes Toyota e-Palettes pensados para entregas de bens e mercadorias dentro da cidade. O plano da marca passa por popular a Woven City com empregados da Toyota Motor Coporation e as suas famílias, casais reformados, lojistas, cientistas e parceiros da indústria, num total de 2000 pessoas para o ‘arranque’, mas com outros a juntarem-se à comunidade posteriormente. As obras para a construção desta cidade estão previstas para o início de 2021, não havendo ainda uma data de conclusão prevista.

Fonte: Motor 24

Tags
Mostrar Mais

Related Articles

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Back to top button
Close
Close