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F1: LAWRENCE STROLL PODERÁ FAZER OPA À ASTON MARTIN

Lawrence Stroll, que liderou no ano passado um grupo de investidores que comprou a Force India, para a tornar na Racing Point, poderá estar a preparar outro grande investimento, com a compra de ações da Aston Martin.

A notícia foi anunciada hoje pelos sites autocar e racefans.net, que tornaram publica a possibilidade de Lawrence Stroll avançar com uma OPA à Aston Martin. O construtor britânico tem enfrentado dificuldades nos últimos meses e a desvalorização das suas ações foi significativa. Desde a entrada em bolsa do construtor britânico que as suas ações têm caído, sofrendo uma desvalorização de quase três quartos.  As ações foram colocadas a 19 libras – avaliando a empresa em cerca de 4,3 mil milhões de libras – e estão agora pouco acima das 5 libras, significando uma perda de 3,8 mil milhões de libras ou seja uma desvalorização de 74%. Nos primeiros 6 meses deste ano 2019, a Aston Martin apresentou um prejuizo operacional de 80 milhões de libras.

Com a indústria automóvel a passar por um momento menos positivo, a Aston tem sofrido com isso, para além das incertezas quanto ao Brexit. O CEO Andy Palmer disse que a salvação está no DBX que a empresa lançou recentemente em Pequim. O veículo está no centro de um plano para duplicar a produção anual para 14.000 automóveis até 2023.

Stroll quererá aproveitar esta fase comprar acções da Aston para assim ficar com a maioria e consequentemente com o controlo da marca. O plano, segundo o racefans.net, passa por colocar a marca britânica na F1, passando a Racing Point a vestir as cores da Aston Martin. A cooperação entra a Aston e a Mercedes é uma realidade, tal como acontece com a Racing Point que recebe as unidades motrizes do fabricante alemão. Assim Stroll quererá usar todos os meios da Aston e da Racing Point para chegar mais alto na F1.

As consequências desta possível OPA terão repercussões em pelo menos dois grandes campeonatos FIA. A entrada em força da Aston Martin seria positiva para a F1, que veria mais uma grande marca assumir um papel de maior relevo na competição e a Racing Point certamente beneficiaria muito desta movimentação. Quem ficaria a perder seria a Red Bull, que neste momento tem como patrocinador principal a Aston Martin e com quem tem uma parceria para o desenvolvimento do Valkyrie, carro que deveria entrar no WEC em 2020/2021.

Com a entrada na F1, os planos para o WEC poderão ficar em risco e mesmo o resto do programa de competição da marca, com forte presença em competições GT, poderá ser repensado.

Com esta notícia o valor das ações da Aston subiu 18% durante o dia de hoje. O futuro da marca é agora alvo de muita especulação, mas a confirmar-se a OPA, parece certo que o nome da marca britânica irá ganhar mais relevo na F1. Lawrence Stroll, dono de uma fortuna avaliada em mais de 2mil milhões de euros, construiu a sua fortuna investindo em marcas como a Pierre Cardin, Ralph Lauren, Tommy Hilfiger, Asprey e Garrard. Agora, com o seu filho Lance Stroll a apostar tudo no desporto motorizado, Lawrence, também apaixonado por carros, aguçou o apetite pela F1 e parece apostado em deixar a sua marca no Grande Circo.

Fonte: Auto Sport

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