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Mercado automóvel recua na China em 2019 pelo 2.º ano consecutivo

As vendas de automóveis caíram pelo segundo ano consecutivo na China, em 2019, à medida que a guerra comercial com Washington e a desaceleração da economia chinesa afetaram a confiança do consumidor, informou hoje uma associação do setor.

As vendas no maior mercado automóvel do mundo caíram 9,6%, em relação a 2018, para 21,4 milhões de veículos utilitários desportivos, ‘minivans’ e ‘sedans’, segundo a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis.

No total, as vendas de veículos, incluindo camiões e autocarros, caíram 8,2%, para 25,8 milhões de unidades.

Em 2018, e após duas décadas de crescimento explosivo, as vendas de automóveis caíram 4,1% na China, face às disputas comerciais com os Estados Unidos e à desaceleração do crescimento da economia chinesa, que levaram muitos consumidores a adiar a compra de automóvel.

Os analistas esperam que as vendas estabilizem este ano, mas isso representaria uma queda superior a três milhões de unidades, face ao pico de 24,7 milhões de veículos vendidos em 2017.

O abrandamento do maior mercado automóvel do mundo é um retrocesso para as principais construtoras do setor, que anunciaram planos de milhares de milhões de euros, visando cumprir com as metas do Governo chinês para o desenvolvimento de veículos elétricos.

O Governo chinês eliminou gradualmente subsídios que impulsionaram as vendas, o que se refletiunum aumento do custo final.

“As vendas revelaram sinais de estabilização em 2019”, disseram os analistas da consultora Bernstein, Robin Zhu, Luke Hong e Xuan Ji, num relatório difundido na semana passada.

“Acreditamos que as expectativas consensuais para um ano sem oscilações nas vendas em 2020 são razoáveis”, notaram.

Em dezembro passado, as vendas caíram 0,1%, em termos homólogos, informou a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, uma melhoria em relação às quedas de dois dígitos ocorridas nos meses anteriores.

As vendas de veículos elétricos e híbridos desceram 4% em relação ao ano anterior, em 2019, para 1,2 milhões de unidades.

Ainda assim, o país asiático compõe cerca de metade das compras globais daquele tipo de automóveis.

Os líderes comunistas estão a tentar acelerar o desenvolvimento de carros elétricos, incluindo ao anular o limite de 50% de propriedade estrangeira entre as construtoras que fazem negócio no país, e que obrigava as empresas estrangeiras a estabelecer ‘joint ventures’ (parcerias) com firmas locais.

Os limites de propriedade estrangeira devem ser removidos de toda a indústria automóvel até ao próximo ano.

Apesar destas mudanças, a maioria das fabricantes estrangeiras deve manter as ‘joint ventures’ com parceiros chineses para tirar proveito das suas ligações governamentais.

Apesar da contração no mercado, a alemã Volkswagen disse que as vendas em 2019 aumentaram 1,7%, para 3,2 milhões de unidades, superando a norte-americana General Motores como líder do mercado na China.

A BMW registou um aumento de 13,1% nas vendas, para um recorde de 723.680 unidades.

As marcas chinesas foram as mais afetadas, com uma queda de 15,8%, em relação a 2018, para 8,4 milhões de veículos.

Fonte: Notícias ao Minuto

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